Em caso de sangramento nasal (=epistaxe), acalme-se; sente-se com a cabeça ligeiramente inclinada para frente; evite engolir sangue; comprima as narinas entre os dedos por no mínimo 5 minutos e faça uma compressa com gelo sobre o nariz por 15 minutos. Se a epistaxe não cessar, for de grande volume ou recorrer com muita frequência, procure o pronto atendimento.

Nas crianças, a principal causa é o aumento dos cornetos nasais consequente à rinite alérgica, seguido do aumento excessivo da adenóide, e outras causas menos comuns são corpo estranho nasal, rinossinusite crônica, malformações congênitas e tumores. No adulto, a adenóide usualmente já está atrofiada e, portanto, a obstrução deve ser por desvio de septo, aumento dos cornetos, sinusite crônica, tumores, etc. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico (Adenoidectomia, Septoplastia, Turbinectomia, etc.).

As vegetações adenoidianas são estruturas de tecido linfóide, relacionadas com a produção de anticorpos, que se situam atrás do nariz e acima do céu da boca, em um espaço chamado de rinofaringe. Não é possível vê-las a olho nu, sendo possível apenas através de radiografia do cavum ou Video-endoscopia naso-sinusal.

Quando não foi presenciada a introdução de um objeto (sementes, pedaços de brinquedos, etc.) no nariz de uma criança, os pais podem desconfiar da presença de um corpo estranho no nariz frente a presença de secreção nasal amarelada fétida em apenas uma narina. A pronta avaliação por um Otorrinolaringologista faz-se necessária para a remoção, principalmente no caso de minibaterias, quando há destruição dos tecidos do nariz em poucas horas.

É o resultado de uma reação imunológica que ocorre na mucosa nasal quando há o contato com um agente alergênico (ácaro, fungo, pólen, pêlos de animais, etc.) em pessoas que tenham predisposição genética para essa condição. Esse tecido que reveste internamente o nariz inflama e incha, o que produz os sintomas típicos: entupimento do nariz, secreção nasal, coceira e espirros.

Porque o clima frio e seco do outono e inverno favorece a proliferação de ácaros, presentes no pó, cortinas, estofados, carpetes, etc., e também de fungos (=mofo), presentes naquelas roupas de frio e cobertores há tanto tempo guardados. Esses são os agentes alergênicos mais comuns no Brasil e, quando associados a irritantes da via aérea, como a fumaça de cigarro e poluição, aumentam a frequência das crises de rinite alérgica.

Nariz entupido, escorrendo, espirros, dor de garganta e tosse podem estar presentes tanto na rinite alérgica quanto na rinite viral (=resfriado). Para diferenciá-las, devemos nos atentar para outros sintomas. Coceira no nariz, olhos e/ou ouvidos; melhora dos sintomas no decorrer do dia e piora à noite/ao acordar ou após exposição a pó, mofo, ar condicionado, etc. são mais comuns na rinite alérgica. No resfriado, há febre baixa (37,8-38,9oC) ou sensação de febre (=distermia), dor no corpo e dor de cabeça leve nos primeiros 3 dias.

Porque a automedicação com soluções nasais contendo nafazolina, oximetazolina e xilometazolina provocam uma doença chamada rinite medicamentosa em apenas 5 a 7 dias de uso. Inicialmente, essas medicações desobstruem instantaneamente o nariz, porém, após a instalação dessa doença, há obstrução nasal persistente pelo aumento do tamanho dos cornetos nasais e necessidade de doses maiores e mais frequentes para adequada descongestão (=taquifilaxia=”vício”). A cautela no uso desses medicamentos deve ser ainda maior em cardiopatas, hipertensos, diabéticos e portadores de hipertrofia de próstata porque, como efeito colateral, podem provocar aumento da frequência cardíaca, precipitar arritmias, descontrolar o diabetes e provocar retenção de urina.

Os cornetos nasais são estruturas presentes na parede lateral da cavidade nasal que tem a função de aquecer, umedecer, direcionar e filtrar o ar que passa pelo nariz a caminho dos pulmões. No entanto, quando estão aumentados excessivamente de tamanho (=hipertrofiados), os cornetos nasais, sobretudo os inferiores, provocam a obstrução nasal e suas consequências. Pode ser necessário tratamento clínico ou cirúrgico (Turbinectomia) nesses casos. A rinite alérgica é o maior estímulo para o aumento de tamanho dos cornetos.

A rinite induzida pelo exercício (RIE) caracteriza-se principalmente por um aumento da secreção nasal (=rinorréia) durante a prática de atividades físicas, comum em atletas, mais frequente durante exercícios em ambientes fechados e em portadores de rinite alérgica. Os sintomas influenciam negativamente no desempenho do atleta e podem ser tratados.

Porque, em mais de 80% das pessoas, as duas fossas nasais alternam a função de passagem de ar espontaneamente e ritmicamente a cada 4 horas aproximadamente. Esse fenômeno fisiológico, chamado ciclo nasal, acontece porque os cornetos nasais mudam seu tamanho alternadamente. O abuso de descongestionantes nasais pode interromper o ciclo e deixar o nariz continuamente entupido. Em geral, o ciclo nasal não é notado no nosso cotidiano, porém, durante resfriados, crises de rinite alérgica ou em portadores de desvio de septo, ele pode se tornar incômodo, o que pode exigir tratamento clínico ou cirúrgico (Septoplastia e/ou Turbinectomia).

O septo nasal é uma estrutura única formada por cartilagem e osso que funciona como uma parede que separa as duas cavidades nasais em direita e esquerda. Durante seu crescimento ou após um trauma, o septo nasal pode apresentar desvio para um dos lados, provocando o estreitamento da cavidade nasal do mesmo lado, o que pode ou não provocar sintomas, a depender da localização do desvio.

O desvio do septo nasal pode ser diagnosticado através do exame otorrinolaringológico habitual (rinoscopia anterior), da Video-endoscopia naso-sinusal e de exames de imagem, como a tomografia computadorizada da face.

A Septoplastia é indicada quando o desvio do septo nasal causa obstrução nasal (=nariz entupido) importante, sinusites de repetição e dor de cabeça (cefaléia). Não há alteração da aparência externa do nariz nessa cirurgia, mas pode ser associada à Rinoplastia quando for o desejo do paciente.

Não, a recidiva do desvio de septo após a Septoplastia é bastante improvável, porém é possível que a avaliação pré-operatória não tenha identificado um desvio (ou fragilidade) da região anterior ou dorsal do septo nasal e, portanto, permaneça um desvio residual. No entanto, esses desvios que envolvem essa região do septo que influencia na forma da pirâmide nasal devem ser tratados idealmente com uma Rinosseptoplastia funcional.

A Septoplastia remove apenas desvios do septo nasal localizados em regiões que não interfiram na estrutura do nariz externo e, portanto, não modifiquem sua aparência. A Rinosseptoplastia funcional é necessária quando é preciso corrigir um desvio de septo associado à deformidade de dorso ou ponta nasal. Para que a respiração seja reestabelecida sem o prejuízo da aparência externa, essa cirurgia, após remover o desvio, adiciona enxertos (geralmente da própria cartilagem do septo nasal) para fortalecer a parte estrutural do dorso e/ou ponta nasal. O objetivo primordial não é corrigir defeitos estéticos, mas pode ser associada à Rinoplastia quando for o desejo do paciente.

Os seios da face são cavidades nos ossos do rosto e base do crânio, normalmente preenchidas por ar, que se comunicam com o nariz por pequenas aberturas (=óstios). A sinusite é a inflamação da mucosa que os reveste leva ao inchaço e aumento da produção de muco. Infecções, alergias, alterações da anatomia do nariz e seios da face (como desvios do septo) e causas genéticas são os principais fatores que predispõem ao desenvolvimento da sinusite.

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, os sintomas mais importantes para definir sinusite são o entupimento do nariz (=obstrução/congestão nasal) e a presença de secreção nasal (=rinorréia). Outros sintomas associados são: dor na face, dificuldade de sentir cheiros e tosse, principalmente em crianças. Desconfie de sinusite se esses sintomas persistirem por mais de 10 dias ou forem contínuos. O diagnóstico é realizado através da história clínica e exame físico otorrinolaringológico, que pode incluir a Video-endoscopia naso-sinusal. A radiografia dos seios da face não é recomendada na investigação, porém, em alguns casos, a tomografia computadorizada da face será necessária.

Os pólipos nasais são massas, gelatinosas ou fibrosas, que se desenvolvem na cavidade nasal e/ou nos seios paranasais como consequência de uma inflamação crônica da mucosa, e estão presentes em alguns tipos de sinusite crônica. São melhor avaliados pela Video-endoscopia naso-sinusal e, apesar de poderem regredir apenas com tratamento clínico, alguns casos necessitarão de Sinusectomia.

Quando os sinais e sintomas da sinusite persistem apesar do tratamento clínico adequado, a Sinusectomia pode ser indicada para reestabelecer a ventilação dos seios da face através da sua abertura e limpeza; para facilitar a ação dos medicamentos tópicos nasais; e para aliviar prioritariamente os sintomas de obstrução nasal (=nariz entupido) e hiposmia (=dificuldade de sentir cheiros ou sabores). Pode ser necessário associar a Septoplastia e Turbinectomia no mesmo tempo cirúrgico.